Organizadores do Banho de Mar à Fantasia reclamam de atraso no pagamento e pedem audiência com governador
Festa pré-Carnaval é realizada na Ladeira da Preguiça
Eles dizem que, mesmo após seis meses da realização da festa, não há previsão ou cronograma claro de pagamento.
"Essa situação tem imposto à nossa instituição e a toda cadeia produtiva envolvida uma condição de precarização extrema, quebrando contratos, alianças e parcerias, além de expor nossa equipe e nossos fornecedores à inadimplência e ao constrangimento público", informa trecho da carta.
Os organizadores do Banho de Mar à Fantasia, que teria atraído mais de 200 mil pessoas este ano e movimentado cerca de R$ 8 milhões na economia baiana, fizeram quatro solicitações na carta:
1.Prazos dignos e claros de pagamento, compatíveis com a realidade de produtores independentes;
2.Fluxos de repasse mais ágeis, que respeitem a natureza temporária sazonal dos eventos culturais;
3. Proteção aos fazedores de cultura, evitando o endividamento e a quebra e substituição no mercado;
4. Participação efetiva da sociedade civil, com ênfase em agentes culturais independentes e negros.
"Excelentíssimo Governador, estamos diante de uma questão que vai além da burocracia: trata-se de dignidade, sobrevivência e respeito com quem faz a cultura acontecer. Na certeza de que este governo se compromete com a justiça social e a valorização cultural, solicitamos com urgência a abertura desse diálogo direto, para que possamos, juntos, construir uma solução imediata para o Banho de Mar à Fantasia e estrutural para todo o setor cultural da Bahia", finalizam.
A reportagem está tentando desde as 17h desta sexta, quando soube da carta, uma resposta do governo do estado e da Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Sufotur), por e-mail e WhatsApp, mas sem retorno até o momento. O espaço está aberto para esclarecimentos.
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